IEEE South Brazil Section History: Difference between revisions

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Resumo da historia da Seção Sul Brasil do IEEE'''
'''Resumo da historia da Seção Sul Brasil do IEEE''''''


Na década de 60, era comum haver somente uma seção do IEEE por país, com exceção dos Estados Unidos. O Brasil, porém, encontrava dificuldades para reunir os muitos engenheiros do país, devido ao seu tamanho. O contato entre os profissionais de todos os estados era bastante difícil; além disso, havia uma grande concentração da produção tecnológica em alguns estados, como São Paulo. A revista Spectrum, no entanto, era lida por engenheiros de todo o país e levou pessoas de outros estados a conhecer o Instituto.  
Na década de 60, era comum haver somente uma seção do IEEE por país, com exceção dos Estados Unidos. O Brasil, porém, encontrava dificuldades para reunir os muitos engenheiros do país, devido ao seu tamanho. O contato entre os profissionais de todos os estados era bastante difícil; além disso, havia uma grande concentração da produção tecnológica em alguns estados, como São Paulo. A revista Spectrum, no entanto, era lida por engenheiros de todo o país e levou pessoas de outros estados a conhecer o Instituto.  


Assim, em 1966, Carlos Alberto J. Lohmann, junto de Luis Ernesto Quintino, José Roberto Lacerda e Augustin L. Woelz fundou a seção São Paulo, a segunda do país. No começo, essa seção contava com poucos membros, a grande maioria vinda da empresa Light, que incentivava a presença nas reuniões. Isso foi essencial para que a seção se fixasse, pois garantia que qualquer atividade realizada pelo IEEE São Paulo teria público. Assim, era possível convidar grandes nomes da engenharia para ministrar palestras sem correr o risco de ser um fiasco.  Esses encontros ganharam renome devido à sua qualidade, o que passou a atrair público de outras empresas, permitindo uma ampliação do número de membros da seção.
Outro fator que garantia público nos encontros eram os temas: sempre se buscava tratar de assuntos que estivessem em foco no momento e permitissem o debate; assim, o interesse dos engenheiros em participar era maior. Isso também permitia aumentar cada vez mais a qualidade das reuniões e chamar palestrantes de mais renome.
O Ramo Estudantil participou da seção desde o seu início. Um exemplo disso é o engenheiro José Alceu Brasil Falleiros, que presenciou a reunião de inauguração enquanto estudante. Ele participa do Instituto desde então, o que mostra a continuidade da participação dos membros que iniciam sua vida no IEEE ainda na graduação.
Um problema que surgiu com a fundação dessa seção foi exatamente o fato de o Brasil ter três seções: a presidência internacional do IEEE não aceitava e queria unificá-las. Isso foi resolvido com a criação de um Conselho Brasileiro do IEEE, que centralizava as decisões a serem tomadas em conjunto, mas permitia que as seções continuassem a funcionar em separado, pois haveria problemas de transporte e contato caso a união realmente acontecesse, o que acabaria por desanimar os membros. Com este impasse resolvido, a seção começou a crescer em grande escala e assim tem sido até hoje.
As reuniões do IEEE sempre estavam em sintonia com temas de vanguarda e grandes acontecimentos da região. Na reunião de dezembro de 1967, por exemplo, o engenheiro Alberto Pereira Rodrigues, membro executivo da Comissão do Metropolitano de São Paulo, ministrou palestra sobre os estudos e as perspectivas de construção do metrô na cidade de São Paulo. Nessa época o assunto ainda estava em discussão, sendo que as obras foram iniciadas apenas um ano depois, em 14 de dezembro de 1968. No mesmo ano, o Brasil discutia a transmissão de televisão a cores, pois o CONTEL (Conselho de Telecomunicações) iria decidir qual sistema seria adotado pelo país, o alemão (PAL) ou o norte-americano (NTSC). Em dezembro desse ano, a reunião mensal da seção Sul-Brasil do IEEE trouxe o engenheiro alemão Walter Bruch, criador do sistema PAL de transmissão a cores, que passava pelo Brasil em reuniões da CITEL (Comissão Interamericana de Telecomunicações). Ele ministrou uma palestra aos membros da seção no Departamento de Eletricidade da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, com projeção de slides e apresentação de materiais trazidos para as reuniões supracitadas. Esse encontro permitiu aos membros do IEEE compreender o assunto com o auxílio de uma autoridade internacional para que pudessem participar das discussões no país.
Em 1969, houve um encontro de toda a região Latino-Americana no Terraço Itália, em São Paulo, organizado pela Embratel, que ainda era uma empresa pequena. Em 1974, houve a primeira LatinCom (Conferência Latina), no Anhembi, um encontro de enormes proporções. A seção começava a sediar eventos internacionais do Instituto, costume que passou a ocorrer cada vez com maior freqüência. Um problema que a seção enfrentou desde o seu início foi em relação ao pagamento das taxas dos membros. Como elas deviam ir para a sede nos Estados Unidos, existia muita burocracia e algumas vezes o dinheiro ficava retido, o que atrapalhava o funcionamento. Mas isso durou apenas até a década de 80. Hoje em dia, os membros fazem os pagamentos sem qualquer tipo de problemas e recebem todas as publicações e materiais previstos.





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Resumo da historia da Seção Sul Brasil do IEEE'

Na década de 60, era comum haver somente uma seção do IEEE por país, com exceção dos Estados Unidos. O Brasil, porém, encontrava dificuldades para reunir os muitos engenheiros do país, devido ao seu tamanho. O contato entre os profissionais de todos os estados era bastante difícil; além disso, havia uma grande concentração da produção tecnológica em alguns estados, como São Paulo. A revista Spectrum, no entanto, era lida por engenheiros de todo o país e levou pessoas de outros estados a conhecer o Instituto.

Assim, em 1966, Carlos Alberto J. Lohmann, junto de Luis Ernesto Quintino, José Roberto Lacerda e Augustin L. Woelz fundou a seção São Paulo, a segunda do país. No começo, essa seção contava com poucos membros, a grande maioria vinda da empresa Light, que incentivava a presença nas reuniões. Isso foi essencial para que a seção se fixasse, pois garantia que qualquer atividade realizada pelo IEEE São Paulo teria público. Assim, era possível convidar grandes nomes da engenharia para ministrar palestras sem correr o risco de ser um fiasco. Esses encontros ganharam renome devido à sua qualidade, o que passou a atrair público de outras empresas, permitindo uma ampliação do número de membros da seção. Outro fator que garantia público nos encontros eram os temas: sempre se buscava tratar de assuntos que estivessem em foco no momento e permitissem o debate; assim, o interesse dos engenheiros em participar era maior. Isso também permitia aumentar cada vez mais a qualidade das reuniões e chamar palestrantes de mais renome.

O Ramo Estudantil participou da seção desde o seu início. Um exemplo disso é o engenheiro José Alceu Brasil Falleiros, que presenciou a reunião de inauguração enquanto estudante. Ele participa do Instituto desde então, o que mostra a continuidade da participação dos membros que iniciam sua vida no IEEE ainda na graduação.

Um problema que surgiu com a fundação dessa seção foi exatamente o fato de o Brasil ter três seções: a presidência internacional do IEEE não aceitava e queria unificá-las. Isso foi resolvido com a criação de um Conselho Brasileiro do IEEE, que centralizava as decisões a serem tomadas em conjunto, mas permitia que as seções continuassem a funcionar em separado, pois haveria problemas de transporte e contato caso a união realmente acontecesse, o que acabaria por desanimar os membros. Com este impasse resolvido, a seção começou a crescer em grande escala e assim tem sido até hoje.

As reuniões do IEEE sempre estavam em sintonia com temas de vanguarda e grandes acontecimentos da região. Na reunião de dezembro de 1967, por exemplo, o engenheiro Alberto Pereira Rodrigues, membro executivo da Comissão do Metropolitano de São Paulo, ministrou palestra sobre os estudos e as perspectivas de construção do metrô na cidade de São Paulo. Nessa época o assunto ainda estava em discussão, sendo que as obras foram iniciadas apenas um ano depois, em 14 de dezembro de 1968. No mesmo ano, o Brasil discutia a transmissão de televisão a cores, pois o CONTEL (Conselho de Telecomunicações) iria decidir qual sistema seria adotado pelo país, o alemão (PAL) ou o norte-americano (NTSC). Em dezembro desse ano, a reunião mensal da seção Sul-Brasil do IEEE trouxe o engenheiro alemão Walter Bruch, criador do sistema PAL de transmissão a cores, que passava pelo Brasil em reuniões da CITEL (Comissão Interamericana de Telecomunicações). Ele ministrou uma palestra aos membros da seção no Departamento de Eletricidade da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, com projeção de slides e apresentação de materiais trazidos para as reuniões supracitadas. Esse encontro permitiu aos membros do IEEE compreender o assunto com o auxílio de uma autoridade internacional para que pudessem participar das discussões no país.

Em 1969, houve um encontro de toda a região Latino-Americana no Terraço Itália, em São Paulo, organizado pela Embratel, que ainda era uma empresa pequena. Em 1974, houve a primeira LatinCom (Conferência Latina), no Anhembi, um encontro de enormes proporções. A seção começava a sediar eventos internacionais do Instituto, costume que passou a ocorrer cada vez com maior freqüência. Um problema que a seção enfrentou desde o seu início foi em relação ao pagamento das taxas dos membros. Como elas deviam ir para a sede nos Estados Unidos, existia muita burocracia e algumas vezes o dinheiro ficava retido, o que atrapalhava o funcionamento. Mas isso durou apenas até a década de 80. Hoje em dia, os membros fazem os pagamentos sem qualquer tipo de problemas e recebem todas as publicações e materiais previstos.


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IEEE_Geographic_Unit_Organizing_Document_-_South_Brazil.pdf
História de 40 anos da Seção Sul Brasil.pdf